Conteúdos de Psicologia resumidos e assertivos na palma da sua mão:

A Psicologia é um eterno estudo.

Psicologia na Assistência Social

O que é Assistência Social?

      A psicologia é uma área ampla e com diversos locais de atuação. Quando me formei me dediquei a estudar para concursos, e meu primeiro local de atuação foi na Assistência Social, mais especificamente no CRAS. Como não tive contato com a Assistência social durante a graduação, acabei precisando buscar conhecimento para ter uma atuação de qualidade.

      Nesse percurso aprendi que a Assistência Social é uma Política Pública que trabalha com famílias e comunidades em risco e vulnerabilidade social, visando garantir o acesso a direitos e a programas sociais. Essa política  é dividida em:

  1. Proteção social básica: na qual as famílias estão em situação de risco social e o trabalho é preventivo. Ainda existem vínculos familiares;
  2. Proteção social especial: é dividida em média complexidade, na qual as famílias e indivíduos tiveram seus direitos violados, mas ainda possuem vínculos familiares. E na alta complexidade a violação dos direitos foi grave e os vínculos foram rompidos. 

      Existem diversos equipamentos que compõe as proteções sociais básica e especial, a exemplo do CRAS, CREAS, CREAM, CENTROPOP  e CENTRO-DIA. Um de meus produtos são Mapas Mentais sobre esses equipamentos. Esses Mapas fazem parte de um curso no qual você tem acesso a um E-book sobre Psicologia Social, sete Mapas Mentais sobre Assistência Social e duas vídeo aulas sobre a atuação do psicólogo na Assistência Social.

Qual o papel do psicólogo na Assistência Social?

     Na Assistência Social o psicólogo exerce uma atuação institucional, de modo que trabalha com uma equipe multiprofissional e articulando-se com uma rede de serviços públicos. Nesse âmbito, o psicólogo exerce uma práxis social e comunitária, trabalhando especialmente com famílias. O psicólogo adentra nas comunidades como profissional que escuta e acolhe, tendo como principal objetivo proporcionar a autonomia e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

      Sei que essa explicação é ampla e não dá um dimensionamento da real prática psicológica da Assistência Social. Para mim, o que mais representava essa atuação era o escutar, todas as intervenções eram planejadas com base no que a comunidade necessitava e tendo como orientação as leis e orientações técnicas. Não adiantava eu chegar para organizar um grupo de PAIF e levar um tema que não fizesse sentido para aqueles usuários, para ter engajamento era preciso escutar e respeitar as necessidades deles. Os sujeitos precisam ser protagonistas de suas histórias.

      Tudo isso era discutido com a equipe, que era composta por duas assistentes sociais e duas psicólogas. A coordenadora, a técnica de referência do Bolsa Família, a recepcionista e a técnica da higienização também colaboravam na confecção de materiais e nas ideias. Lógico, que existem situações que eram privativas dos técnicos de nível superior, mas uma equipe se une em prol do usuário oferta os melhores serviços.

      No cotidiano do CRAS as principais atividades eram: visita domiciliar, concessão de benefício eventual e grupo de PAIF. Eventualmente, participávamos da Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos que funcionava em outro espaço. Em todas essas intervenções, o principal era uma escuta ativa mas também direcionada e questionadora. Por exemplo, ao visitar uma casa, a gente tinha ver o contexto completo. A casa tem condições de estrutura? Essa família precisa de algum benefício eventual? Se precisa qual seria? Cesta básica? Enxoval? Documentação? Outro? Um dos meus produtos é um E-book acerca dos Benefícios Eventuais ofertados pelo SUAS.

      Lembro que atendemos uma senhora de um povoado, e ao longo das visitas conseguimos identificar que o irmão dela não tinha nenhuma documentação, e pasmem: ele já tinha 50 anos de idade! Providenciamos tudo: Registro Civil, CPF, R.G. e Título de Eleitor. A partir disso passsamos a situação para a técnica do Bolsa Família, que deu entrada no Benefício Social dele. Depois, numa articulação intersetorial falamos com a Agente Comunitária de Saúde da região dele para providenciar o Cartão do SUS. Assim, ao fim dessa intervenção esse senhor tinha documentação, uma fonte de renda e acesso à saúde. Nós escutamos, acolhemos e encaminhamos para que ele tivesse acesso aos direitos de cidadão. A psicologia na Assistência Social auxilia os sujeitos a terem autonomia e direciona-os para o bem-estar psicológico.

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